Por Sabrina Pires, especial para o ECOinfome

Hoje, um grupo de aproximadamente 50 golfinhos-cabeça-de-melão foi encurralado na famosa baia de Taiji, no Japão. No episódio desta sexta-feira, 7, eles entraram em pânico – se debatendo – e alguns foram vistos sandrando. Um golfinho foi capturado com vida, 20 abatidos e 30 devolvidos ao mar.

As informações e imagens são de integrantes do Dolphin Project, que tentam impedir a matança que acontece todos os anos com autorização do governo japonês em nome da cultura.

No local, todo dia 1 de setembro é aberta a temporada de caça de golfinhos e dura seis meses. Vai até 1º de março. Em média, dois mil golfinhos morrem a cada temporada. Já existe um movimento internacional Stop Taiji para evitar o massacre.

Apesar do argumento de cunho cultural, o que os ativistas denunciam é que nos bastidores há outros interesses e um mercado milionário. Muitos dos animais capturados com vida, em especial filhotes, são vendidos de forma ilegal para aquários e dolphinários pelo mundo.

“A demanda é grande, já que, em exposição, os bichos ficam estressados e morrem cedo. Duram de dois a três anos em média”, disse Mia Morete, da ONG VIVA Baleias, Golfinhos e cia.

Segundo ela, um golfinho treinado chega a valer 100 mil dólares. Os que morrem são vendidos como carne, embora comer golfinho não seja uma tradição nipônica. A carne é imprópria para consumo humano por ser rica em mercúrio e outras substâncias tóxicas.

A morte dos golfinhos-cabeça-de-melão ocorre um dia após a divulgação da morte de uma Toninha na Parai Grande, em São Paulo.