Após 20 anos de pesquisa, pesquisadores de Campinas desenvolvem primeira variedade da fruta
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) desenvolveu uma tangerina capaz de resistir à mancha marrom de alternaria, doença causada por um fungo que afeta a casca das tangerinas e reduz a produção do pomar. O novo produto é chamado de IAC 2019Maria, vem do cruzamento da tangerina murcott com a laranja pêra,e é resultado de 20 anos de pesquisa.
Segundo o Instituto, a nova tangerina causa menor impacto ambiental, por diminuir ou até eliminar a necessidade de pulverização e aumenta o nível da produtividade, já que ela tem um porte menor que outras tangerinas, permitindo a instalação de um maior número de pés por hectare.
Além disso, a fruta tem menos sementes, é mais fácil de descascar e, segundo os pesquisadores, possui um equilíbrio entre acidez e doçura. Essa é a primeira tangerina protegida no Sistema Nacional de Proteção de Cultivares (SNPC), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A pesquisadora, Cristofani-Yaly, afirma que o IAC está se empenhando para que a novidade possa chegar o quanto antes ao mercado. Por conta de o registro ter sido obtido recentemente, a variedade ainda precisa ter a sua produção de borbulhas registrada no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) e na Defesa Fitossanitária Estadual.