– Convertendo gases poluentes em componentes inofensivos, o catalisador ajudou a reduzir a poluição em 95%

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Como acontece com a maioria das melhorias tecnológicas desenvolvidas nas sedes das empresas automobilísticas, o catalisador só chegou ao Brasil décadas depois de ter a sua eficiência comprovada nos Estados Unidos. Mas, parafraseando a máxima do “antes tarde do que nunca”, ainda bem que ele chegou, pois graças a esse equipamento – que converte gases poluentes do cano de escapamento dos veículos automotores em material inofensivo à saúde do homem – a poluição da atmosfera no Brasil teve uma redução de 95% da nos últimos 30 anos. Os principais gases emitidos pelo cano de escapamento foram praticamente eliminados: o monóxido de carbono (CO), o hidrocarboneto (HC) e óxido de nitrogênio (NOx).

O Proconve, Programa de Controle de Poluição do ar por Veículos Automotores, foi iniciado em 1986, e cinco anos mais tarde a Umicore se instalou no Brasil para produzir catalisadores para equipar os carros fabricados no Brasil em 1992. A empresa, que atua também nas áreas de energia e tecnologia de superfície e reciclagem, está comemorando portanto 25 anos no País.

A redução da poluição deve ser creditada a um conjunto de medidas, como as ações em São Paulo para otimizar o tráfego, o programa de inspeção, mas o uso do catalisador foi primordial para que a melhoria da qualidade do ar nas cidades brasileiras.

Outros fatores contribuíram para a redução das emissões por veículos, mas o principal responsável pela melhoria na qualidade do ar foi o catalisador.

Se em percentual fica difícil avaliar o volume da redução de emissões, os números absolutos não deixam dúvidas da importância dos programas ambientais: segundo a Umicore, a contribuição média do catalisador foi de uma redução de 4,2 toneladas a cada dez anos de funcionamento por veículo das fases mais agudas do programa, ou seja: cada carro deixou de lançar na atmosfera 420 quilos de material poluente por ano, ou 1,2 QUILO POR DIA!

No setor de veículos pesados, o Proconve iniciou o controle de fumaça, mas a partir de 1996 passou a exigir, de forma gradativa, limites de emissões de CO, HC, NOx e material particulado. Em 2012 introduziu o gerenciamento eletrônico do motor e o diesel S10 (dez partes de enxofre por milhão, substituindo o S500) o que permitiu a redução de 80% das emissões.